Filme Xuxa e Os Duendes 2 - No Caminho das Fadas (2002)



Xuxa e os Duendes 2 - No Caminho das Fadas é um filme brasileiro de fantasia e aventura de 2002. Produzido por Diler Trindade e dirigido por Paulo Sérgio de Almeida, Rogério Gomes e Márcio Vito, o roteiro é de Vivian Perl e Wagner de Assis. Trata-se da sequência de Xuxa e os Duendes, de 2001, e conta com Xuxa Meneghel, Luciano Szafir, Betty Lago, Deborah Secco e Thiago Fragoso nos papéis principais.

O filme estreou nos cinemas em 13 de dezembro de 2002, alcançando cerca de 2.300.000 de espectadores e arrecadando mais de R$ 11,4 milhões, tornando-se a quinta maior bilheteria do ano de 2003 no Brasil. Apesar do sucesso de público, a crítica especializada não teve uma recepção favorável. A trilha sonora foi lançada em janeiro de 2003.




Em “Xuxa e os Duendes 2 – no caminho das fadas”, Kira, a duende da luz, está de volta para enfrentar um novo desafio. Ela intui que sua amiga, Nanda, está em perigo. Preocupada, liga para ela e descobre que Nanda e seus primos foram atacados por uma estranha bruxa que veio em busca de suas lágrimas para realizar uma maldição. Kira vai ao encontro das crianças. Ela tenta tranqüilizá-las e conhece Rafael, tio de Nanda. Surge um clima entre os dois, incentivado pelas crianças.
No mundo mágico, as bruxas Bertilda, Desdêmona e Téia fazem o feitiço capaz de transformar os corações apaixonados em pedras. Algaz - a bruxa-mãe - aparece e percebe que a maldição não está funcionando. Ela se enfurece e diz que será necessária uma segunda lágrima especial para concluir a maldição.

Kira volta para a estufa e encontra Cléo, sua mentora no mundo dos humanos. Ela precisa descobrir se é possível o amor entre dois seres de naturezas distintas. Ela decide contar tudo a Zinga, a rainha dos duendes e sua mãe. No caminho das fadas, Kira conhece a fada Kin e, juntas, elas enfrentam Téia, a bruxa que atacou Nanda. Kin desfalece e Kira a leva até o País das Fadas. Lá, ela conhece a rainha Dara e também Kálix. Kira descobre sobre a existência de uma criança de coração rosa, gerada a partir da união entre dois seres diferentes. A criança é Ana, amiga de Nanda, e sua lágrima do medo completa o feitiço.

O feitiço se concretizará na próxima lua cheia e só pode ser desfeito no Castelo das Bruxas. Infelizmente, fadas não podem entrar no castelo. Kira conhece Mily, uma fadinha atrapalhada. Ela acaba dando a Kira o poder de voar. Kira aproveita e parte rumo ao castelo das bruxas.
As crianças e Rafael vão até a estufa para encontrar Kira. Eles acham o Kuines e resolvem ir para a cachoeira junto com Chuchu e Alface, ajudantes de Kira. A mando de Dara, Mily vem ao mundo dos humanos pedir ajuda a Rafael. Mily leva todos para o mundo mágico.
As bruxas vão até o espelho e descobrem que Rafael e os outros estão na trilha. Algaz aparece e ordena que a criança de coração rosa seja capturada para que a segunda lágrima seja extraída. Epifânia, uma bruxa sem talento para maldades, presta atenção no que elas falam. Ela é a mãe de Ana. Téia vai até a trilha e captura Ana.

O feitiço da fada Mily acaba, Kira cai e é aprisionada por um gigantesco troll. Kira é salva das garras do troll por Gorgon, Rafael e seu grupo. Eles seguem em direção ao castelo. Kira consegue entrar, mas seus amigos não.

Lá dentro, ela vê a tortura que as bruxas fazem com Ana. A menina está presa em uma gaiola sobre o caldeirão com a poção fervendo. Kira tenta impedi-las, mas não consegue. Rafael chega e consegue salvar Kira com ajuda de Gorgon, das crianças e do elfo Dafnis, pai de Ana. Kira e Rafael utilizam a força do amor e, assim, salvam Ana e vencem as bruxas. O castelo vai explodir. Todos precisam sair. Gorgon e as crianças são os primeiros. O momento é de tensão, o castelo explode sem que Kira e Rafael tenham saído. Dentre os escombros surgem os dois. Kira e Rafael selam seu amor com um beijo e, mais tarde, com uma linda cerimônia de união no País das Fadas. Mika e Zinga estão presentes e também todos os outros personagens. Cada personagem tem sua despedida da história.
Ana tenta ver o futuro em uma bola de cristal. Ela vê a imagem de Kira, Rafael e uma criança. Eles caminham como o prenúncio de um futuro feliz.


Produção

Ainda em 2001, antes da estreia do primeiro filme, Xuxa anunciou a continuação, afirmando que já tinham um nome: Xuxa e os Duendes 2 - No Caminho das Fadas. O orçamento desse segundo filme foi de R$ 11,4 milhões, um valor que triplicou o custo do primeiro, que foi de R$ 3,8 milhões. Após perder o título de maior bilheteira brasileira para Cidade de Deus, Xuxa desejava que a nova produção tivesse mais foco na trama do que nas ações promocionais e no elenco.




Produzido pela Globo Filmes e distribuído pela Warner Bros. Pictures, o projeto recebeu um investimento significativo para garantir uma boa exposição. O filme foi captado com câmeras de alta definição e teve sua pós-produção realizada nos estúdios da TeleImage. Marcelo Siqueira, diretor de efeitos da produtora, comentou sobre as limitações de tempo e orçamento, que impactaram a qualidade final do filme. Ele destacou que, enquanto Deus É Brasileiro teve cerca de sete meses para a pós-produção, Xuxa e os Duendes 2 contou com apenas 40 dias de estúdio para os efeitos.[6] Siqueira e Philippe Siaretta, da TeleImage, mencionaram que a falta de recursos era um desafio, comparando o castelo do filme a algo que custaria "R$ 1,99". Para que o filme pudesse atender às expectativas, seria necessário duplicar ou até triplicar o orçamento e ter mais tempo de pós-produção, segundo os produtores.

Marcelo Rezende, da Folha, destacou que o conceito de Xuxa e os Duendes 2 é criar um filme agradável, com uma abordagem simples e quase militante. A intenção é apresentar uma fábula moral sobre diversidade, mostrando que diferenças não fazem diferença. A mensagem é repetida de diversas formas ao longo do filme, visando que as crianças compreendam essa lição, com Xuxa se posicionando como a "professora perfeita". No elenco, Xuxa optou por atores da dramaturgia brasileira, como Vera Fischer, Zezé Motta e Deborah Secco, vetando a presença de cantores pop e celebridades, algo que foi comum em produções anteriores. Apenas alguns atores do primeiro filme retornaram. No enredo, Xuxa não tem um par romântico, mas forma um casal com Luciano Szafir, com quem teve uma relação estável e uma filha, Sasha Meneghel. 

Ambos os filmes também enfrentaram acusações de plágio. A escritora Ana Maria Salgado alegou que os roteiros foram inspirados em seu livro "Maria da Graça em: O Portal" e pediu indenização. Contudo, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro considerou improcedente o pedido, citando que as semelhanças eram comuns em histórias desse tipo, com elementos como fadas, bruxas e duendes, que não estavam presentes na obra da autora.

Lançamento

Xuxa e os Duendes 2 foi lançado em 13 de dezembro de 2002, em mais de 300 salas de cinema no Brasil. A pré-estreia ocorreu em 7 de dezembro de 2002, no Shopping Villa Lobos, em São Paulo, atraindo uma multidão de crianças e adultos que esperavam por autógrafos da apresentadora. Xuxa expressou interesse em lançar uma versão dublada em espanhol para o público da América Latina, ressaltando sua vontade de que as pessoas soubessem que era realmente ela na tela.[15] A apresentadora também mencionou acreditar na existência de duendes, afirmando que "é ridículo não acreditar em um mundo melhor do que o atual". Além disso, ela comentou sobre a possibilidade de filmar duas versões do filme e até dividir a história em quatro partes, mas essas novas produções nunca se concretizaram.



Bilheteria

Sequenciar um filme de sucesso sempre foi uma decisão ousada, especialmente quando o modelo já estava estabelecido. Após Xuxa Requebra (1999), que atraiu mais de 2 milhões de espectadores em 2000, Xuxa Popstar (2000) se destacou como o filme mais visto no Brasil em 2001, com mais de 2,3 milhões de espectadores, tornando-se o primeiro filme nacional a liderar as bilheteiras do país em uma década.

Em 2001, Xuxa e os Duendes superou a marca de 2,5 milhões de espectadores, tornando-se a produção mais assistida do Brasil até ser ultrapassada por Cidade de Deus em novembro de 2002, que alcançou 3 milhões de espectadores. Com o lançamento de Xuxa e os Duendes 2, havia a expectativa de que a apresentadora recuperasse a liderança nos cinemas.

O filme, porém, registrou mais de 2,3 milhões de bilhetes vendidos, de acordo com a Ancine, ocupando o quinto lugar entre as maiores bilheteiras de 2003. Essa foi a primeira vez em três anos que Xuxa não atingiu a liderança, ficando como o décimo terceiro filme mais visto do ano no Brasil, com uma arrecadação superior a R$ 11,4 milhões.

Material Oficial lançado no DVD

Em 2003 com o lançamento do filme em VHS e DVD, alguns jogos e ate mesmo papeis de paredes vinham disponibilizados para os fãs usarem em seu computador, com as resoluções 800x600 e 1024x768. Clique na foto para fazer o download.



Edições Lançadas

Formato: VHS
Data de Lançamento: início de 2003
País: Brasil
Detalhes: Esta é a primeira versão lançada, a VHS tem a caixa azul escuro. A resolução da tela é de 480p, porém é full screen. Foi produzido uma pequena quantidade nesse formato e foi comercializado em poucas lojas.
Formato: DVD (Para Locação)
Data de Lançamento: início de 2003
País: Brasil
Detalhes: Esta versão é exclusiva para locação. O DVD em sí é o mesmo da versão comercializada. A única diferença é o formato da tela que é 4x3 Letterbox (video com barras pretas na parte superior e inferior da tela) e na capa há uma tarja verde escrito "Exclusivo para Locação". Esta versão era adquirida diretamente pelas locadoras.

 

Formato: DVD
Data de Lançamento: início de 2003
País: Brasil
Detalhes: Esta versão é a mais conhecida. As tiragens até meados de 2005 tinham a tela 4x3 Letterbox. E a partir das tiragens de 2006 a tela passa a ser 16x9 Full WideScreen.





Trilha Sonora Oficial


Versão: CD
Gravadora: Som Livre
Lançamento: 1 mês depois do lançamento do DVD
País: Brasil
Detalhes: A única versão existente, tem a capa simples como a do DVD. A capa é toda azul com os créditos do filme e do CD e com as pequenas fotos do elenco, assim como a contracapa do DVD. A venda foi muito abaixo do esperado e a trilha sonora teve apenas 2 tiragens. Na contracapa está creditado como ano de 2002, porém o álbum foi lançado só em 2003.

Faixas:

1. Sorria *
2. O Cravo Brigou com a Rosa *
3. Se Essa Rua Fosse Minha *
4. Tema da Mily *
5. Vôo da Kira - Deborah Blando
6. Reino Mágico *
7. No Caminho das Fadas - Xuxa
8. Tema das Bruxas *
9. Acalanto de Aninha - Thiago Fragoso
10. A Luz do Amor - Moska
11. Quando a Gente Ama Pra Valer - Deborah Blando e Thiago Fragoso
12. Xuxu e Alface *

* Instrumental
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